O GoalBall, diferentemente de outros desportos, não foi adaptado para os cegos e sim criado especificamente para eles. Com o intuito de reabilitação veteranos da segunda guerra mundial que haviam ficado cegos, o goalball foi criado pelo austríaco Hanz Lorezen e o alemão Sepp Reindle.
A primeira aparição do desporto em jogos paralímpicos foi em Toronto, em 1976 para apresentação da modalidade, sete equipes participaram. Já em 1980, o esporte já começou a participar efetivamente do programa paralímpico, nos Jogos de Arnhem. As mulheres foram introduzidas a modalidade a partir dos Jogos de Nova Iorque, em 1984.
No Brasil, a modalidade chega em 1985, a CADEVI (Clube de Apoio ao Deficiente Visual) e a ADEVIPAR (Associação de Deficientes Visuais do Paraná) realizaram os primeiros jogos. Em 1987 aconteceu o primeiro campeonato brasileiro de goalball.
Para entendermos a jogabilidade do goalball é preciso analisar alguns aspectos:
A Bola se assemelha a de basquete, porém é oca por dentro e formada por uma borracha espessa pelo lado de fora, com alguns furos pequenos ao seu redor. Por ser um esporte de cegos, é importante que a bola faça algum tipo de barulho, dentro da bola têm uns guizos para que ela faça barulho ao girar e os furos ao redor dela servem para melhorar a propagação do som de dentro para fora da bola.
A Quadra é semelhante ao tamanho da quadra de vôlei, de forma retangular com um tamanho de 18m x 9m. o Gol fica no fundo da quadra de cada equipe (como demonstra a foto acima) e tem 1,30m de altura. As quadras são divididas em três áreas iguais. Área Neutra (mais perto da linha central), Área de Lançamento / Ataque (intermédia) e Área de Defesa (na frente do gol).
Cada equipe pode ter três jogadores em quadra e até três reservas. Pode haver apenas três substituições durante o jogo (não conta se for realizada durante o intervalo do jogo). Os atletas deverão estar vendados, para que haja igualdade entre aqueles que não enxergam e os que tem algum residuo visual.
A duração da partida é de dois tempos de dez minutos, com três minutos de intervalo entre eles. É permitido o pedido de até três tempos técnicos por equipe, com duração de quarenta e cinco segundos cada um deles.
Classificação por deficiência - Competem aqueles que são cego total e aqueles que tem acuidade visual parcial, sendo subdividido por graus de deficiência.
B1 - Cego Total: de nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos até a percepção de luz, mas incapaz de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância em qualquer direção.
B2 - Já percebem vultos. De uma capacidade de reconhecer a forma da palma da mão até a acuidade visual de 2/60 ou campo visual inferior a 5 graus.
B3 - Conseguem definir imagens. Acuidade visual entre 2/60 a 6/60 ou campo visual entre 5 e 20 graus.
- Na escola não precisamos ter nenhum deficiente visual para estarmos implantando essa modalidade com os alunos. É um jogo muito divertido que deve ser adaptado de pessoas não deficientes para que haja a vivência e conheçam mais sobre os cegos. Quando vendamos alguém, a tendência é ela estar totalmente desorientada, em função da sua necessidade da visão. Indiferente da faixa etária dos alunos, essa atividade se torna prazerosa e importante para a formação dos alunos.
Referências:
http://www.cpb.org.br/modalidades/goalball/#this
http://pt.wikipedia.org/wiki/Golbol
A Inclusão Social de pessoas deficientes é um discurso muito bonito atualmente, tem-se melhorado muito à partir da nova Educação Inclusiva que obriga a crianças e jovens deficientes a frequentarem a escola regular de ensino. Porém um dos fatores mais importunos é a qualificação dos profissionais da área de Educação, para atuar com essas pessoas. Diretamente ligada a Educação Física, este blog tem como foco, mostrar desportos e atividades que podem ser trabalhadas dentro do ambiente escolar.