sábado, 2 de novembro de 2013

Basquetebol para Cadeirantes

Como os demais desportos adaptados, o basquetebol para cadeirantes foi criado para reabilitação de amputados pós Segunda Guerra Mundial, mais precisamente teve inicio nos Estados Unidos. Essa modalidade é uma das únicas que esteve presente em todos os  jogos paralímpicos, em 1960 nos Jogos Paralímpicos de Roma. As mulheres tiveram sua entrada em 1968, nos jogos paralímpicos de Tel Aviv, Israel.


O Basquetebol de cadeira de rodas chega no ano de 1958, como a primeira modalidade paralimplica a iniciar aqui no Brasil. É disputado por pessoas com alguma deficiência físico-motora. As cadeiras são adaptadas e padronizadas, conforme previsto nas regras - sob a responsabilidade  da Federação internacional de Basquetebol (IWBF, em inglês), fundada em 1989 e independente desde 1993.

A cada dois toques na cadeira, o jogador deve quicar, passar ou arremessar a bola. As dimensões  da quadra e altura da cesta são as mesmas do basquetebol olímpico. Cada equipe tem 24 segundos de posse de bola e precisa arremessa-la em direção à cesta antes deste tempo. O simples contato das cadeiras dos jogadores não é considerado falta pela arbitragem - apenas se for interpretada a intenção.
No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Basquetebol em Cadeira de Rodas (CBBC).

Português - Márcio, O Mágico:




O Basquetebol, como os demais desportos, torna as pessoas com deficiência mais capazes, autônomos e principalmente mais felizes. A vida de atleta, busca dos objetivos de vida, guia a vida  de qualquer pessoa. Como é o exemplo desse rapaz.

*Classificação:
Com o intuito de deixar os times equilibrados, a classificação dos atletas é feita por um sistema de pontos, que vai de 1 a 5, respeitando o potencial de cada um - quanto maior a pontuação, maior a habilidade funcional do atleta. A soma de todos os jogadores em quadra não pode ultrapassar o total de 14 pontos.

É um grande desporto de inclusão social, tanto para deficientes quanto para não deficientes, é o exemplo desta propaganda, que mostra a intensidade do jogo, mesmo para não deficientes. Sabemos que é difícil trabalhar com este desporto nas escolas, em questão do material, mas se em algum momento alguém tiver a oportunidade de praticá-lo ou assistir ao vivo uma partida, a sensação é indescritível.




Referências:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Basquetebol_em_cadeira_de_rodas

http://www.cpb.org.br/modalidades/basquetebol/

http://www.youtube.com/watch?v=CBEJ2jPPfqQ

http://www.youtube.com/watch?v=V_CJ0PzQrDI

domingo, 27 de outubro de 2013

GoalBall - Desporto de cegos

O GoalBall, diferentemente de outros desportos, não foi adaptado para os cegos e sim criado especificamente para eles. Com o intuito de reabilitação veteranos da segunda guerra mundial que haviam ficado cegos, o goalball foi criado pelo austríaco Hanz Lorezen  e o alemão Sepp Reindle.



A primeira aparição do desporto em jogos paralímpicos foi em Toronto, em 1976 para apresentação da modalidade, sete equipes participaram. Já em 1980, o esporte já começou a participar efetivamente do programa paralímpico, nos Jogos de Arnhem. As mulheres foram introduzidas a modalidade a partir dos Jogos de Nova Iorque, em 1984.

No Brasil, a modalidade chega em 1985, a CADEVI (Clube de Apoio ao Deficiente Visual) e a ADEVIPAR (Associação de Deficientes Visuais do Paraná) realizaram os primeiros jogos. Em 1987 aconteceu o primeiro campeonato brasileiro de goalball.

Para entendermos a jogabilidade do goalball é preciso analisar alguns aspectos:


A Bola se assemelha a de basquete, porém é oca por dentro e formada por uma borracha espessa pelo lado de fora, com alguns furos pequenos ao seu redor. Por ser um esporte de cegos, é importante que a bola faça algum tipo de barulho, dentro da bola têm uns guizos para que ela faça barulho ao girar e os furos ao redor dela servem para melhorar a propagação do som de dentro para fora da bola.

A Quadra é semelhante ao tamanho da quadra de vôlei, de forma retangular com um tamanho de 18m x 9m. o Gol fica no fundo da quadra de cada equipe (como demonstra a foto acima) e tem 1,30m de altura. As quadras são divididas em três áreas iguais. Área Neutra (mais perto da linha central), Área de Lançamento / Ataque (intermédia) e Área de Defesa (na frente do gol).

Cada equipe pode ter três jogadores em quadra e até três reservas. Pode haver apenas três substituições durante o jogo (não conta se for realizada durante o intervalo do jogo). Os atletas deverão estar vendados, para que haja igualdade entre aqueles que não enxergam e os que tem algum residuo visual.

A duração da partida é de dois tempos de dez minutos, com três minutos de intervalo entre eles. É permitido o pedido de até três tempos técnicos por equipe, com duração de quarenta e cinco segundos cada um deles.

Classificação por deficiência - Competem aqueles que são cego total e aqueles que tem acuidade visual parcial, sendo subdividido por  graus de deficiência.
B1 - Cego Total: de nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos até a percepção de luz, mas incapaz de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância em qualquer direção.
B2 - Já percebem vultos. De uma capacidade de reconhecer a forma da palma da mão até a acuidade visual de 2/60 ou campo visual inferior a 5 graus.
B3 - Conseguem definir imagens. Acuidade visual entre 2/60 a 6/60 ou campo visual entre 5 e 20 graus.


- Na escola não precisamos ter nenhum deficiente visual para estarmos implantando essa modalidade com os alunos. É um jogo muito divertido que deve ser adaptado de pessoas não deficientes para que haja a vivência e conheçam mais sobre os cegos. Quando vendamos alguém, a tendência é ela estar totalmente desorientada, em função da sua necessidade da visão. Indiferente da faixa etária dos alunos, essa atividade se torna prazerosa e importante para a formação dos alunos.

Referências:

http://www.cpb.org.br/modalidades/goalball/#this

http://pt.wikipedia.org/wiki/Golbol

sábado, 28 de setembro de 2013

Voleibol Sentado - Uma maneira adaptada de brincar

O voleibol sentado surgiu em 1956, na Holanda, a partir de uma adaptação do sitzball (esporte alemão, na qual as pessoas jogavam sentadas sem rede), com o intuito de reabilitação de soldados que voltaram da guerra, aputados e lesionados.

Muito semelhante ao voleibol atual, o voleibol sentado se difere, em suas regras, apenas alguns aspectos:
- Tamanho de quadra diminuida;
- Altura da rede mais baixa (1,15m para homens e 1,05m para mulheres);
- O deslocamento no chão dos jogadores; e
- É permitido o bloqueio no saque.



O Voleibol sentado foi introduzido como jogos paralimpicos de exibição em 1976, em Toronto. Em 1980, foi sua primeira edição, participante ativa das paralimpiadas, na Holanda. Em 2004, na cidade de Atenas, foi a primeira participação das mulheres neste desporto.

Em conteúdo escolar, pode ser muito bem trabalhado com crianças no ensino regular, sem necessariamente termos um grupo de pessoas com deficiencia física. O interessante é que os alunos façam a vivência do esporte como qualquer outro esporte coletivo. Essa adaptação abre portas para a reflexão dos alunos em relação às necessidades especiais.

Referências:

Carvalho, Camila Lopes; Gorla, José Irineu; Araújo, Paulo Ferreira - Voleibol Sentado: Do conhecimento à iniciação à prática, Revista UNICAMP vol. 11, nº2, pag 97-126, abr./jun.2013

http://www.cpb.org.br/modalidades/voleibol-sentado/
http://www.rio2016.com/os-jogos/paralimpicos/esportes/voleibol-sentado